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Neste domingo (10), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (Democratas-AP), recebeu o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em Macapá, capital do Amapá, para uma visita às obras do Hospital Universitário da Universidade Federal do Amapá (Unifap), considerada a maior obra de saúde pública do estado, orçada em quase R$ 200 milhões, de acordo com Davi. A inspeção também contou com a presença de membros da bancada federal, do governador do estado, Waldez Góes, e do prefeito de Macapá, Clécio Luis.

“Hoje, na iminência da inauguração do Hospital Universitário da Universidade Federal do Amapá (Unifap), podemos afirmar, com toda segurança, que a era da insuficiência no atendimento de média e alta complexidade, que a era da insuficiência de leitos de UTI na rede pública de saúde do Amapá está chegando ao fim”, disse o presidente do Senado.

Davi Alcolumbre lembrou que, segundo documento do Tribunal de Contas de 2015, 88% das unidades básicas de saúde do Amapá são carentes de médicos e sofrem com a falta de medicamentos e de equipamentos. Citou ainda dados do Conselho Federal de Medicina, divulgados no ano passado, os quais apontaram que a rede pública de saúde estadual oferecia apenas 0,33 leitos de unidade de tratamento intensivo (UTI) para cada 10 mil habitantes, quantidade muito inferior à indicada pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), que é de 1 a 3 leitos para cada 10 mil habitantes.

“Além de sanar deficiências históricas no atendimento à saúde da população pobre e carente da nossa capital e de outros municípios do Amapá, o Hospital contribuirá para o desenvolvimento social e econômico do estado por meio da formação de profissionais qualificados e do fortalecimento da pesquisa em saúde”, previu o presidente.

A conclusão das obras e a finalização da etapa de aquisição dos equipamentos para o Hospital Universitário integram as metas prioritárias que a bancada federal definiu na chamada “Carta do Amapá”, que é uma lista de compromissos criada para orientar a atuação nos próximos dois anos. Os recursos para equipar a instituição virão do governo federal. Davi estima que serão necessários cerca de R$ 40 a R$ 50 milhões.

“A gente vem e faz a alocação do recurso desde que seja garantido que chegue no município. O estado não pode pegar o recurso e financiar o estado em detrimento do município. O município é o pobre insuficiente. Então, a gente vem aqui para fazer essa moderação e ver se a gente consegue fazer o recurso chegar onde as pessoas moram”, explicou Mandetta.

A expectativa do presidente do Senado é que, durante o biênio 2019-2020, o estado avance na saúde pública, de modo a recriar, em escala nacional, as mesmas condições que possibilitaram a construção do Hospital Universitário da Unifap.

“Demos um passo enorme, no Amapá, rumo à concretização da promessa constitucional de acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde. Mas, a caminhada segue. A caminhada é longa. Não podemos parar. Não vamos desistir. Em todo o Brasil, a saúde será, um dia, de verdade, direito garantido a todos e dever cumprido pelo Estado”, finalizou Davi Alcolumbre.