Estudo encomendado por Davi e presidente da Petrobras confirmou potencial do estado para produção de energia renovável
Com o objetivo de impulsionar a energia eólica no Amapá, o senador Davi Alcolumbre (União-AP) participou, nesta sexta-feira (16), em Natal (RN), do lançamento do projeto “Potencial eólico offshore na região da Margem Equatorial Brasileira”, que promete produzir energia renovável do Rio Grande do Norte até o Amapá.
O projeto nasceu em 2020, pouco depois de 13 dos 16 municípios amapaenses sofrerem um apagão de 22 dias, no maior blecaute da história do país. Alcolumbre, então presidente do Senado Federal, e Prates articularam com técnicos do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) a realização de um estudo sobre o potencial de energias renováveis do Amapá, vista como região com clima amazônico influenciado pela atividade e dinâmica do bioma Amazônia; e sobre o potencial energético da Margem Equatorial Brasileira do Amapá ao Rio Grande do Norte. Além disso, partiu de Alcolumbre a destinação de R$ 5 milhões para a realização do projeto de pesquisa.
O evento desta sexta-feira promovido pela Federação de Indústrias do Estado do RN (FIERN) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) confirmou o potencial do Amapá para energia renovável. Os resultados preliminares mostraram que o potencial do recurso solar do estado é equivalente a regiões do Brasil onde já existem empreendimentos de grande porte instalados. Estiveram presentes no encontro lideranças políticas, além da governadora do RN, Fátima Bezerra, do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento e Integração Nacional, Valder Ribeiro, e do presidente da Petrobras.
“Em 2020, vivemos um dos piores capítulos, senão o pior capítulo da história do nosso estado, e não poderíamos ficar de braços cruzados. Imediatamente, começamos a lutar, junto ao Rio Grande do Norte, por um estudo sério, comprometido e que mostrasse todo potencial eólico da nossa região. Tenho muita confiança de que estamos caminhando para grandes avanços em termos de energia renovável no nosso estado para que o povo do Amapá nunca mais passe pelo terror que passamos três anos atrás”, frisou o senador.
Durante seu discurso, Davi Alcolumbre reconheceu o papel do Prates para que o projeto fosse iniciado.
“Agradeço a todos os brasileiros, técnicos, servidores, às instituições que nos fizeram chegar até aqui e deixo registrada minha gratidão por ter conhecido esse brasileiro chamado Jean Paul que, no momento de sofrimento do Amapá, poderia não ter enxergado sua preocupação com meu estado de origem. Mas, foi a partir de sua preocupação com o problema dramático que vivemos, que estamos alcançando uma solução para nosso estado”, ressaltou o parlamentar.
A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, reconheceu o espírito público de Davi Alcolumbre com as causas do Brasil e destacou sua capacidade de conviver com todos com respeito e cordialidade.
“Sempre tivemos uma convivência pautada pelo relevante espírito público, sempre saudável, carinhosa, amorosa e o senador, como sempre, com um coração voltado para seu Amapá, mas também para a defesa do Brasil”.
O objetivo do projeto apresentado hoje, cujo prazo de validade era de dois anos, foi comprovar a viabilidade da implantação de torres eólicas em território amapaense e da costa equatorial, incluindo o potencial do Rio Grande do Norte já que pesquisadores do ISI-ER haviam identificado possíveis soluções que podem ajudar o Amapá a superar gargalos no contexto energético. Segundo o SENAI, foram realizadas campanhas de medição de variáveis meteorológicas e simulação do recurso com as respectivas correlações para validação dos modelos.
Um evento desse mesmo porte do Rio Grande Norte deve ocorrer no Amapá nos próximos meses.
“A expectativa é de que, até 2024, o Brasil tenha determinado o seu potencial eólico da Margem Equatorial, com um ambiente legal para viabilizar a exploração da nova fronteira energética brasileira, capaz de alavancar a indústria naval, a indústria de energia e aerogeradores, gerando empregos e renda para a transformação de vidas e uma transição energética justa no nosso querido Amapá”, finalizou Davi Alcolumbre.